terça-feira, 5 de março de 2013

Nem amanhã eu entendo essa!

Geralmente, o caderno Amanhã, do Globo, mal passa pelas minhas mãos: vai direto para a casa de uma adolescente inteligente e estudiosa que conheço.
 
Hoje, dou uma olhada na primeira página, com as chamadas dos principais assuntos, e... descubro que mando bobagens pra menina!
 
Está lá, como chamariz para a matéria de capa, que trata de bicicletas:
 
(...) A falta de ciclovias protegidas é apenas uma das reivindicações dos ciclistas (...)”.
 
Como assim? Tem alguém solicitando menos ciclovias protegidas?
Não sou ciclista, mas acho que, aumentando o número de ciclovias, os pedestres ficarão mais protegidos de alguns malucos que pedalam pelas ruas do Rio.

Tapa-buraco?

Errado não está, mas ficou feiíssimo o subtítulo do Globo "Novo Pontífice terá o desafio de lidar com a perseguição religiosa contra os 8 milhões a 12 milhões de católicos na China (...)", publicado ontem, segunda-feira (o Blogger ainda estava "em greve").
 

Ia dar muito buraco na página usar qualquer outra coisa melhorzinha? Algo como "cerca de 12 milhões", que tal?

Antes e depois

Minha irmã encontrou, naquele caderno de comida do Globo, um "58 A.C." (antes de Cristo), assim, com as duas letras maiúsculas.

Diz ela, com razão, que aprendeu que só o "C", por se referir a nome próprio, merecia a caixa alta.

Estudamos no mesmo colégio de freiras, onde aprendi a mesmíssima coisa. AC/DC, com tudo maiúsculo, só conheci mais tarde, quando descobri o rock'n'roll.

PS: consta que a banda australiana tirou seu nome da sigla para "alternating current/direct current".

E aí? Entrou bem?

Entrou de gaiata a conjunção aditiva encontrada no início da nota "Segue..." (Ancelmo):

 "Dilma adorou a Gávea Pequena, onde mora Paes, e que foi erguida no meio da exuberante Floresta da Tijuca."
 

Experimente ler sem "onde mora Paes" para ver se faz sentido.

A mesma pessoa deve ter redigido a nota “Não é fácil ser jovem” (também no Ancelmo de sábado, como esta acima) e outra
 no domingo, na coluna Gente Boa, que diz:

"(...) o quadro, de 1924 e que pertence à família (...)".

É muito melhor dizer "o quadro, que é de 1924 e pertence à família (...)". E, no exemplo anterior, "adorou a Gávea Pequena, residência oficial do prefeito, erguida no meio da mata". Que tal?

Informação mal passada

Já chegando ao Ancelmo (também no sábado — estou correndo atrás do "prejuízo"), vejo reprodução de um texto (do Estadão) que diz "(...) informou sobre o auxílio-alimentação de R$ 84 mil (...)".

Por favor, informe "do", informe "alguém", informe "alguma coisa"... e depois venha pôr s...obre a minha mesa a comilança que essa grana absurda pode comprar!

Em tempo: a citação do jornal paulista deve ter influenciado a nota acima, que fala de uma “loiraça”. No Rio, como está nas letras de Gabriel O Pensador, falamos “louraça”, seja ela Belzebu ou não.

De novo?!?

Fui ler uma nota na coluna Controle Remoto ("Internacional", também no sábado, quando isto aqui se recusavaa aceitar postagens), só porque tratava de uma conhecida da minha manicure.

A senhora em questão ficou famosa com uma personagem chatíssima. Muito mais chato, porém, foi ler "à esta altura" (sic) no texto.

A esta altura do campeonato, o que mais há para se dizer a respeito do uso da crase?

O que é isso, presidente?

Além de estar fora do tom na inauguração do MAR, precisava frisar que "quem vem ao Rio terá um lugar" etc. etc. etc.
 

Vai dizer que não ficava mais adequado usar o tempo futuro, quem "vier" aqui?
 

(parênteses: ainda não vi de perto, mas, na foto, o museu é feio que só! E esta nota é de sábado, quando o Blogger se recusou a funcionar.)