sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Faz tempo, faz anos, faz séculos

A nota gigante "Isso tudo é bossa nova", da coluna Gente Boa, traz, no terceiro parágrafo, uma declaração de Ruy Castro: "Hoje fazem 24 anos que eu parei de beber."

Muito louvável a atitude do colega, escorregada feia de quem reproduziu a frase no jornal.

O verbo "fazer" aí indica tempo e não tem sujeito — portanto, não varia. "Faz séculos que não pulo carnaval", "deve fazer anos que não a vejo" (sim, nesse caso o auxiliar também não sofre variação) e, em março, "faz 13 anos que eu não bebo".

Pois é. O tempo passa, o tempo voa, e o "faz" fica quietinho, numa boa.

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