O Português está naufragando e já tem barragem debaixo da linha d'água antes mesmo de se romper.
Mas há quem defenda a novilíngua (como o atento amigo costuma chamar o que tem sido usado na imprensa).
Nela, os jornalistas estão "sob risco" como um monte de barragens — a assídua colaboradora encontrou mais uma em título do Estadão e a bobagem está certíssima para alguns.
Nela, ninguém mais deseja uma boa semana PARA ou (PRA) todos, manda beijos e abraços PARA OS (ou PROS) amigos e parentes... É "uma boa semana a você" (ui!), "um abraço aos familiares" (ui duplo!) e mudança até na letra da música "Parabéns PRA você" — que virou "a você" e eu espero que não cantem PRA mim.
Nela, ninguém mais gosta DE alguma coisa, só "gosta alguma coisa" e pronto.
Seus (dela, novilíngua) defensores dirão que está correto escrever (como no Globo de ontem) "(Fulana), nome que o marido gostava". Deve dar um trabalhão pôr o DE em "nome DE QUE o marido gostava", não é, não?
Bem, a matéria se intitula "O luto é uma coisa muito instável", ou seja, não são as pessoas que ficam instáveis durante o luto, como eu acreditava.
Sou muito tolinha. Tenho que aprender a novilíngua já.
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