Verde, ecologia, planeta limpo, combustíveis não poluentes... Temas como estes têm sido cada dia mais comuns na imprensa — e já não era sem tempo.
Que tal aproveitar o ensejo para limpar a Língua Portuguesa de um erro tão recorrente quanto?
Não existem painéis, motores ou quaisquer aparatos movidos ou alimentados a crase. Da mesma forma que não se diz (ou se escreve) máquina ao vapor (ou movida ao vapor, ao gás, ao óleo etc.), não há painéis à energia, seja ela solar, elétrica, eólica, ou o que for, ao contrário do que se lê na revista dominical do Globo.
Fica aqui o apelo: evitem o desperdício e economizem não só água e energia, mas a crase também. O idioma agradece.
Um pouco das besteiras lidas e ouvidas aqui e acolá.
E um pouco das coisas boas também, que ninguém é de ferro.
(infelizmente, estas estão cada vez mais raras...)
domingo, 8 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
Taxa não é preço?
Na economia, taxa é, em sua primeira acepção, "preço fixo regulamentado por convenção ou pelo uso". Pois, da mesma forma que o preço, ela não pode ser cara ou barata. Sua classificação deve ser alta ou baixa.
Então, colegas, antes de fazer títulos como este de hoje, publicado no Globo — "Taxa de juros cai, mas ainda é cara" —, pensem nela não como dinheiro, para evitar erros. Lembrem-se, por exemplo, da glicose ou do colesterol, cujos níveis — ou taxas — podem até ser elevados, mas não dispendiosos. Já os remédios para tratá-los são outra história.
Então, colegas, antes de fazer títulos como este de hoje, publicado no Globo — "Taxa de juros cai, mas ainda é cara" —, pensem nela não como dinheiro, para evitar erros. Lembrem-se, por exemplo, da glicose ou do colesterol, cujos níveis — ou taxas — podem até ser elevados, mas não dispendiosos. Já os remédios para tratá-los são outra história.
Loja de festas? O que é isso?
Mal começa o "RJ-TV" e a apresentadora faz a "suíte" do incêndio de ontem na Aidan, em Copacabana, anunciando-a como uma "loja de festas".
Como assim? A loja vendia artigos para festas e também de papelaria e para casa. Devido aos bons preços, ela até podia "fazer a festa" dos moradores do bairro e adjacências, mas nunca soube de eventos festivos realizados dentro do apertado estabelecimento, do qual só restaram escombros.
Como assim? A loja vendia artigos para festas e também de papelaria e para casa. Devido aos bons preços, ela até podia "fazer a festa" dos moradores do bairro e adjacências, mas nunca soube de eventos festivos realizados dentro do apertado estabelecimento, do qual só restaram escombros.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Celibatária aos 16
Uma amiga, também jornalista e colaboradora do blog, encontrou hoje uma matéria no Globo Online em que o repórter afirma que sua entrevistada é "solteira convicta".
O espanto se dá na contextualização (para usar palavra da moda): a menina em questão, modelo em início de carreira, tem 16 anos e nenhuma convicção — ou, melhor dizendo, vocação para o celibato. Tanto que diz estar à espera de "um Príncipe Harry" só seu.
Detalhe: ela já desfilou para o neto da Rainha da Inglaterra e, de acordo com o colega, "foca aqui, foca acolá". Dá pra virar o disco e deixar o bendito foco nas mãos dos profissionais do fotojornalismo?
O espanto se dá na contextualização (para usar palavra da moda): a menina em questão, modelo em início de carreira, tem 16 anos e nenhuma convicção — ou, melhor dizendo, vocação para o celibato. Tanto que diz estar à espera de "um Príncipe Harry" só seu.
Detalhe: ela já desfilou para o neto da Rainha da Inglaterra e, de acordo com o colega, "foca aqui, foca acolá". Dá pra virar o disco e deixar o bendito foco nas mãos dos profissionais do fotojornalismo?
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Zero (também) em anatomia
Folheando agora a Revista da TV de ontem, encontro esta pérola ilustrada: "(...) Em foto no Twitter, a cantora (Ke$ha) mostrou o lábio superior tatuado (...)".
Dá para alguém explicar para o responsável pela coluna Tapete Vermelho que tudo o que é "superior" costuma ficar acima dos "inferiores"?
Até tu, prefeitura?
Vai de mal a pior o idioma da República Federativa do Bobajal.
Se nem a prefeitura do Rio acerta o uso da crase — e em anúncio (do projeto Porto Maravilha) gigante, de meia página, no maior jornal carioca —, é porque a coisa está feia mesmo!
Cadê a edição?
Gente, é inadmissível pôr no ar uma reportagem pré-gravada cheia de falhas. O "Hoje" tem um quadro com dicas de emprego que deveria ser mais um serviço prestado ao espectador. Mas o que se viu há pouco não foi nada informativo.
Num momento o entrevistado dizia que o curso para corretor tinha 80 horas de aula, depois dizia 800, depois voltava atrás. Além disso, nessa proifissão, "o salário é autônomo", ou seja, tem vida própria, um espanto!
Num momento o entrevistado dizia que o curso para corretor tinha 80 horas de aula, depois dizia 800, depois voltava atrás. Além disso, nessa proifissão, "o salário é autônomo", ou seja, tem vida própria, um espanto!
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