segunda-feira, 20 de junho de 2011

Péssimo resultado

Nos dias em que estou desatenta ou sem tempo para ler com calma o jornal, há sempre uma amiga (ou amigo) de plantão, pronto a pescar para este espaço alguma pérola.

Hoje, uma das amigas tijucanas pegou uma enorme, no subtítulo da matéria do Globo "0 a 0, um bom resultado".

Pois é, o técnico do meu time considera este empate ridículo "um bom resultado".

E os responsáveis pelo que se segue no caderno de esportes, em letras bem grandes, devem considerar isto aqui um bom texto:

"Vanderlei Luxemburgo se diz satisfeito com o quarto empate consecutivo e elogia atuação de Ronaldinho Gaúcho, mesmo tendo o substituído aos 44 minutos do 2º tempo".

Precisa dizer mais?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O velho "onde" fora do lugar

Acabo de ouvir na Globonews, em matéria cujo tema era a prisão de Edmundo em São Paulo: "(...) o jogador foi responsável por acidente há seis anos, onde morreram três pessoas."

Pessoal, mais atenção: fato não é lugar, tempo não é lugar e não há lugar para o "onde" na frase acima!

Se a cidade do Rio de Janeiro — onde ocorreu o acidente — estivesse na informação, o advérbio caberia nela perfeitamente. Do contrário, vai parar no "Triângulo das Bermudas da Língua Portuguesa", onde devem se esconder todos os abusos cometidos contra o idioma pátrio.

domingo, 12 de junho de 2011

Treinando pra quê?


O menino da foto ao lado é o filho do ator Nicolas Cage, que, segundo nota da Revista da TV, foi internado após agredir seu treinador.

Só se esqueceram de explicar a especialidade do agredido. É treinador de futebol, de beisebol, de alguma arte marcial, de maquiagem punk/dark, ou o quê?

sábado, 11 de junho de 2011

Manipuladores da alegria

(Obs: esta nota não tem nada a ver com a Língua Portuguesa, apenas com a ignorância desta que vos escreve)

Alguns amigos mais jovens e com filhos pequenos (ou da minha faixa etária e com netos) já haviam me explicado que aqueles insuportáveis animadores de festa infantil com microfones no mais alto volume serviam para controlar as crianças e, ao mesmo tempo, dar chance aos pais de beberem em paz.

Agora, por favor, alguém sabe me explicar o surgimento de animador de festa para adultos?

Qual é o sentido de ter um chato berrando no seu ouvido, vários tons acima da música (que ele ainda interrompe inúmeras vezes, certamente por querer ser o único foco das atenções), mandando a galera dançar, beber etc.?

Sempre achei que crianças eram animadas por natureza e não precisavam de animador. Provaram que eu estava errada.

Também acreditava que adolescentes e marmanjos em geral sabiam dançar, beber e se divertir por conta própria. Pelo visto (e ouvido nas festas da vizinhança), quebrei a cara outra vez!

Rock não é data

A ordem dos fatores, mais uma vez, embola o meio de campo da informação.

Em nota na coluna do Ancelmo, diz-se que Stevie Wonder "será a atração principal de 29 de setembro no Rock in Rio, o dia a mais do evento (...)".

Perguntar não ofende: Rock in Rio é uma data ou um evento? E custava muito reler a frase e mudá-la para algo mais coerente, como "Stevie Wonder será a atração principal de 29 de setembro, o dia a mais do Rock in Rio" ou coisa do gênero?

Um pouquinho mais de cuidado ao escrever não faz mal a ninguém.