quinta-feira, 18 de março de 2021

Coisas que todos devemos saber


O atento amigo foi à página GOV.BR, "que centraliza todas as informações do governo sobre o cidadão", e encontrou esse texto capenga destacado na imagem.

Colegas assessores de imprensa, o veículo DO QUAL ele é dono e o veículo DE QUE ele é o principal condutor precisam da preposição. Sem ela, não andam, travam e não saem do lugar.

Aproveito para ENUMERAR— ou LISTAR, jamais "elencar" — outros cacoetes do Novíssimo Jornalismo, cujo lema parece ser "Quanto mais empolado e mal escrito melhor".

Todos apareceram no Facebook, na postagem de uma queridíssima amiga e nos comentários que se seguiram a ela — e eu vou pular alguns dos quais me cansei, de tanto que já falei deles aqui.

1) "Ser abusado" é ser INTROMETIDO, ATREVIDO. "Sofrer abuso" é coisa bem diferente e pode significar que a pessoa foi ESTUPRADA — e, portanto, POSSUÍDA por outra. Entenderam também a diferença entre TER e POSSUIR?

2) Ninguém apura nada "junto a" coisa nenhuma. APURE a informação COM os envolvidos no caso, NA delegacia, NO gabinete da autoridade, NO lugar que bem entender, COM quem estiver disponível. 

3) Sim, alguém pode ESTAR DISPONÍVEL e DISPOSTO a falar com você, mas NÃO "disponibiliza" informações, certo?

4) Nascemos sabendo que vamos MORRER. "Vir a óbito" — ou, pior ainda, "evoluir a óbito" — é coisa de quem só leu texto jurídico na vida ou é legista. Se você estudou COMUNICAÇÃO e NÃO fez estágio no IML, não há motivo para usar esse horror. 

Tem mais, muito mais, mas bateu a fome e eu preciso de um café.

Aguardem o próximo capítulo da saga brasileira "Os jornalistas que não amavam o Português". É grande, mas é útil, vai por mim.

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