quinta-feira, 29 de junho de 2017

Quem fez essa conta?

Não é só no Português que O Globo vai mal.

Pelo que recebi há pouco, o jornal anda ruim de Matemática também.

Na matéria intitulada "Oi entra com recurso contra liminar de banco", o segundo parágrafo abre assim:

"Dos 5 mil credores da companhia, 53 mil têm a receber R$ (...)".

O amigo, ironicamente, sugere:

"Deve ser por isso que a Oi está falindo." Faz sentido.

Tenha êxito sem hesitação

A querida amiga se lembrou hoje de uma matéria da Exame, publicada há uns dois meses.

Apesar do tempo, merece comentário.

Afinal, ainda que soem da mesma forma (são homófonos), os verbos "hesitar" e "exitar" significam coisas bem diferentes.

No caso relatado aqui (em destaque na imagem), a pessoa não HESITOU, não teve dúvidas, não titubeou.

Exitar é "ter êxito", o que não cabe no texto.

Aproveitando: se bem-sucedido manteve o hífen, acho que mal-sucedido também tem, não?

terça-feira, 27 de junho de 2017

Depois de uma coisa vem outra


Falei em regência e me lembrei de duas "gracinhas" que o atento amigo mandou ontem, quando o sinal da Net oscilava.

Vejam na imagem a coisa feia que é "debater sobre" alguma coisa (eu sempre imagino os debatedores subindo na mesa ou se engalfinhando e rolando no palco).

Acima, há mais um exemplo de como fazer um título horroroso e usar um maldito "após" que nada acrescenta à informação.

Nos criativos tempos do "cachorro fez mal à moça", esse celular poderia render um título antológico.

PS: não seria "a bala" que ficou retida?

Regência falsa. À la Globo

O Globo se supera a cada dia.

Hoje, uma querida amiga leu a seguinte pérola:
"(...) o piloto, chamado (Fulano de Tal), afirmou que criou um plano de voo falso à Força Aérea Brasileira (FAB)".

Com essa regência esdrúxula, o jornal informa que é praxe a instituição criar planos falsos de voo, tanto que eles já são conhecidos como "planos à moda da casa", ou "à (la) FAB".

Era essa a intenção, colegas?

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Peço a sua atenção, por favor



Ontem, cheguei exausta e decidi guardar pra hoje duas colaborações do atentíssimo amigo.

Uma é a triste adesão da coluna do Ancelmo à inexistente regência "pedir 'para que' (isso ou aquilo)", achada na nota "Eu entendo".

Para de inventar moda horrorosa, pessoal!

A gente pede alguma coisa a alguém ou pede por uma pessoa, por uma categoria, ou seja, em nome dela. E estamos conversados.

No outro caso, em que há uma sucessão de palavras repetidas (a começar pelo "suspeito", como o Globo chama até mesmo terroristas presos em flagrante, julgados e condenados), encontra-se a praga do "após", aqui em sua forma menos usada: "DEPOIS".

É igualmente imbecil, pois, obviamente, os policiais não teriam motivo para matar o cara ANTES da explosão, não é?

Informação jornalística:

"Polícia matou o autor da explosão". Ponto.

Apertem os cintos...


Estou às gargalhadas com esta que o atento amigo mandou há pouco.

Ele pergunta:

"Onde teria ido parar a embaixada?"

Cartas para a redação (do Globo, é claro).

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Benefício zero

Os colegas da publicidade também estão desatentos.

Terão sido contaminados pelo desleixo do jornal carioca em que publicaram esta pérola no fim de semana?