domingo, 15 de setembro de 2013

Entre tropeços e gritinhos

Mais um domingo, mais uma leitura de jornal feita aos tropeços, tantas são as bobagens encontradas pelo caminho.

Começo pelas Cruzadas, em que uma "autoria" tem como resposta "anônimo", no masculino.

Tento a página de séries de TV e dou de cara com personagem "vivido DE Fulano de Tal" — é vivido "por", tá? —, inexplicáveis advérbios e conjunções que deveriam dar ideia de oposição, mas não encontram adversidade alguma pela frente... Ô trem! 

Não custa lembrar que "apesar", "embora", "mesmo assim" e muitas outras expressões só cabem na frase quando "contradizem" ou "desafiam" uma condição. Ex.: "Estava sem dinheiro. Contudo (Não obstante, ou...),
conseguiu se alimentar."

Adendo: sei que nós, mulheres, invadimos as redações. Nem por isso os suplementos dos jornais precisam abusar de listinhas e colunas que inflam os egos e a preguiça de apurar notícia, nem se encher de cor de rosa, frufrus e sianinhas — tem matérias em que quase dá para ouvir gritinhos histéricos ao fundo.

Menos, meninas, menos.

2 comentários:

  1. O interessante é que houve um tempo, no Brasil, em que se usava o por de forma mais adequada. Podia-se ler, por ex., "samba-canção por Ary Barroso", ou então "soneto por JG de Araújo Jorge" e por aí vai.

    Mas "um personagem vivido DE..." é dose! *rs de fazer mesmo o pobre Munch revirar-se em seu túmulo nórdico!

    Útil lembrança, Solange, boa semana, abraços.
    André

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    1. Desculpe a demora para responder.
      Estou em ritmo de acelerado de trabalho pré-ferias. rs
      Abs.

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