sábado, 1 de fevereiro de 2014

Cadê as aspas? Ou o itálico?

Conversava ao telefone com uma grande amiga que, como eu, estudou em colégio de freiras.

Lá pras tantas, ela me perguntou se eu tinha lido, no Globo de ontem, um obituário escrito pelo Frei Betto, pois queria tirar uma dúvida:

"Transvivência existe?"

Consultei a memória e o mais próximo que me veio à cabeça foi a tal da "transubstanciação".

Parti, então, para os dicionários e... nada!

Com algum esforço, imagino que o autor tenha tentado ser poético.

Afinal, o neologismo não pode ter sido criado por falta de sinônimos (igualmente horrorosos) para a morte, tais como: acabamento, decedura, decesso, defunção, desaparecimento, desaparição, exanimação, exício, extinção, falecimento, fenecimento, finamento, libitina, limoctônia, óbito, ocaso, passamento, perecimento, transpassamento, transpasse, traspassação, traspasse, traspasso e trespasse.

Este último, aliás, minha mãe usava em alguns tipos de roupa que costurava pra mim — disso eu me lembro.

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