quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Descaminhos da Flor do Lácio

Se os jornalistas estão apelando pra linguagem técnica ou jargão de vários setores, o que esperar do atendimento dos (maus) serviços prestados no país?

Dia desses, a assídua colaboradora encontrou matéria no Globo que falava de "tráfico de drogas, descaminho e furto de bebidas no interior de aeronaves em pouso" (sic).

O "descaminho", como usado pela Polícia Federal, é dicionarizado, mas pouca gente conhece. Ou estou enganada?

Não vou nem comentar o "interior da aeronave em pouso" (ou o exterior em voo, quem sabe.)

Já o atento amigo leu hoje, no Dia, a gracinha:

"De acordo com a assessoria de imprensa do Santos Dumont, 11 voos precisaram ser alternados para o Galeão".

O repórter preguiçoso nem se deu ao trabalho de esconder que copiou o release da assessoria — e, muito menos, de trocar o termo técnico por "desviados", "transferidos" ou coisa similar.

Enquanto isso, eu estou sem sinal no celular, aguardando a Vivo "corrigir uma divergência sistemática". Fazer o quê?

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