A reportagem do programa girava em torno de uma personagem que só se interessa por homens ricos. De repente, a voz em “off” diz que a tal fulana “não surpreende a mais ninguém”.
Sobrou preposição, que não cabe neste caso. Ou a moça surpreende alguém, ou não surpreende ninguém — e ponto final.
Pouco depois, a mesma locutora diz que, de certo homem, a personagem “não abriria a mão”.
Mais um “a” entrou de gaiato na história, agora na forma de artigo. A expressão “abrir mão” (de alguma coisa ou de alguém) dispensa o dito cujo.
Se em vez de alpinista social a moça fosse uma notória avarenta, aí sim surpreenderia seus amigos (e o público) quando abrisse a mão.
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