segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Em busca de alento

Queridos colegas, não tentem "sofisticar" o linguajar. O bom jornalista escreve de forma simples e direta, não tem que inventar moda.

Dia desses o atento amigo leu no Globo, na fala de um entrevistado:

"O cavalo passou enseiado e a gente não montou".

Certamente a pessoa queria dizer "encilhado", ou "arreado".

Se o repórter não entendeu e teve vergonha de perguntar, consultasse o dicionário na redação, não é?

Ontem, na página 4, ele topou com nova besteira.

A matéria sobre a Samarco diz que a mineradora deverá ter condições de arcar com os custos para "dirimir os danos ambientais" em Mariana.
"Dirimir"? Por acaso os danos têm que ser (apenas) "esclarecidos"? Ou "obstruídos"?!

E que tal essa aí em cima, que um outro amigo achou na Folha?

No lugar do ridículo "respiro", ele sugere "fôlego".

Ou "alento", de que a nossa profissão anda precisando um bocado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário