domingo, 2 de setembro de 2018

De colapso em colapso, a morte

Tristíssima com o destino do Museu Nacional, fico ainda mais amuada ao saber que quem lê ou ouve a notícia é bombardeado com o besteirol que assola a minha profissão.

Na internet, o incêndio apenas "atinge" o edifício — que é lambido pelas chamas nos vídeos.

Na TV, como me contaram, as paredes "colapsam" aqui, nosso patrimônio "colapsa" ali...

E eu vou ter um colapso se alguém não contar pros locutores (e editores) que prédios CAEM, paredes DESABAM e há um monte de verbos que podem ser usados numa tragédia assim.

Esqueçam o "collapsed", que veio de NY com o "nine eleven", "please"!

Só mesmo o atento amigo pra me fazer sorrir um pouquinho, com essa pérola pescada no Jardim de Infância Globo Online:

"'Orgulho': Camilo SE PASSA DE padre para a confissão de Julieta". (sic, com destaque meu.)

Acho que tem gente se passando POR jornalista sem ter estudado Português.

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