Queridos colegas, mais uma vez, obrigada pelo tremendo esforço de reportagem, mas dá pros editores irem um tiquinho além pra não trucidar o idioma?
O uso das preposições está enlouquecido em toda a imprensa.
A assídua colaboradora tem me mandado títulos pavorosos.
Seguem alguns exemplos.
"Repercussões sobre a demissão de Fulano". (Repercutem EM CIMA?)
"Sob coronavírus, Itália comemora (...)". (DEBAIXO do vírus?)
"Mercado volta as atenções ao futuro de Beltrano". (Não voltamos a atenção PARA alguém? Será que mudou?)
Como se não bastasse, eu acabei de ler que o nosso triste país foi "deixado de fora de aliança sobre acesso a tratamentos na OMS". Uau! Aliam-se EM CIMA do acesso e serão tratados DENTRO da OMS?
Basta ler o primeiro parágrafo pra escrever algo inteligível como:
OMS promove aliança mundial para acelerar o tratamento da covid-19 e Brasil fica de fora.
É só uma opção entre muitas que podem explicar o empenho da organização e das lideranças políticas no mundo para encontrar um remédio eficaz.
Para a falta de nexo, a vacina é muita leitura.
PS rápido: parem de dizer que Sicrano fez isso ou aquilo "antes de morrer após ter" um colapso, um infarto, o que for. Dá vontade de esganar o perpetrador.
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