Não sei se os mais jovens se lembram do quadro humorístico do casal Fernandinho e Ofélia. Ela só abria a boca quando tinha certeza.
O secretário de Cultura do Rio abriu a boca pra dizer besteira e a repórter do Globo não corrigiu a frase:
"Se for fiscalizar os teatros do estado, vai ter que fechar tudo".
Se QUEM for fiscalizar? Ele? Eu? A a assídua colaboradora?
Pior ainda vai ser se FISCALIZAREM (ou FOREM FISCALIZAR) o Português falado no programa "Alerta DF", que o atento amigo viu por uns 15 minutos hoje à tarde, antes de pegar o avião de volta pra casa. Segundo ele, o apresentador foi num crescendo.
Disse que um brasiliense baleado não corria "risco de morte" (ui! Achava que esse trem tinha sido enterrado). Em outro caso, porém, "a vítima foi a óbito" (socorro!). O atento amigo sugere logo o absurdo completo: "não corre risco de óbito". Faz sentido na chacina do idioma.
Quando o cara falou de uma "vítima de tentativa de latrocínio", o amigo deu tratos à bola:
"Não sei apenas se frustrou o roubo ou se o bandido roubou, mas não conseguiu matar a vítima".
Antes que a TV fosse desligada, falou-se de um rapaz esfaqueado e apareceu na tela a seguinte legenda: "Agonizando pela vida". Subtítulo: "Rapaz se rasteja após ser assassinado no (bairro do) Guará".
Pra mim, cadáver "se" rastejando é coisa de filme de zumbi. Blargh!
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