quinta-feira, 19 de julho de 2018

Pedras jogadas na língua



Hoje, recebi um colar de pérolas da assídua colaboradora.

Começa com uma do próprio Facebook, que não sabe que "recordar" é "lembrar" — e "lembrar lembranças" ultrapassa os limites da tautologia.

Mas se O Globo, brasileiro de nascença, não sabe que "ilusão" é uma "ideia falsa" e tasca "falsa ilusão" em suas páginas, como reclamar da rede social americana?

É também no "maior jornal do país" — no Ancelmo, claro — que se encontra, mais uma vez, o absurdo "Lembra-se" abrindo nota — e com uma informação que, simplesmente, "saiu".

LEMBRA do "aqui", que complementaria a frase? Deve ter fugido antes de chegar à oficina, com vergonha.

LEMBRA também da aula da crase? A professora não contou que ela se dá pela junção de um artigo e uma preposição?

Pois é. O pessoal da coluna não prestou atenção e me saiu com um "de estilingue à vidraça" de doer a vista.

A expressão, mais conhecida como "de pedra a vidraça", só contém a preposição, gente!

A pedra atirada À vidraça pode provocar um estrago, mas deixa o Português incólume. O leitor agradece.

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