quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

No jardim nasce um monstro

O atento amigo, como eu, está indignado.

Já nem chama de "novilíngua" o que está em formação no Jardim de Infância Pequeno Jornalista: é um "novocabulário". 

Ontem, na Globonews, ele ouviu um repórter de Brasília dizer que um fulano "foi AGRACIADO ao chegar" — e a imagem mostrava o cara sendo abraçado por duas ou três pessoas.

Hoje à tarde, na Record, informaram que alguém "efetuou o homicídio" (EFETUAR é dose!). 

Na Band, em programa policial daqueles que eu não vejo nem amarrada, a matéria a respeito de uma moça desaparecida "informou" que ela "foi vista muito alegre e depois chorando. Mudou da água pro vinho" (socorro!)

O obituário do fotógrafo Cafi, no Globo, começa mal, muito mal:

"Nascido no Recife em 1950, de onde ainda mantinha (...)".

Colegas queridos, 1950 de onde?! Recife é o lugar, Recife foi de onde ele saiu, OK?

E mais não leio, ou escrevo, porque estou chapada, de tanta besteira e de calor. As explicações, a quem interessar possa, estão na ilustração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário