domingo, 20 de janeiro de 2019

Sim à língua, não às armas



Se a porção pacifista do meu cérebro aplaude a falta de intimidade dos editores do Globo com armamentos em geral, a alma de jornalista (e de ex-professora de Comunicação) fica besta com as coisas que os amigos têm lido no jornal.

Há pouco, um ex-colega de redação me falou da novidade: os "coletes balísticos". Uau!

Não precisa estudar Física: basta abrir um dicionário pra saber que esse trem não existe.

Se queriam dizer dizer "COLETES À PROVA DE BALA", por que não escreveram isso?

No sábado, a assídua colaboradora viu reportagem que informava que a polícia, entre outras coisas, apreendeu "50 munições". Pois é.

Quem inventou esse plural não consultou o verbete, ou saberia que "MUNIÇÃO", no caso, é o "conjunto de balas, projéteis, cartuchos etc. usado nos armamentos de guerra ou em ações armadas".

Por favor, armem-se com os (ou "dos") bons Aurélio e Houaiss. Eles são munição mais do que suficiente.

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