sexta-feira, 18 de maio de 2012

Imprecisões de um relator

O artigo de um cientista político — e coordenador técnico do relatório brasileiro para o evento internacional — chama-se "Rio+20: crônica de uma morte anunciada?", assim mesmo, com a interrogação no fim (a quem interessar, está na página de Opinião do Globo de hoje). O problema começa quando se une a informação inicial ao primeiro parágrafo do texto, que afirma:

"O livro de Gabriel García Márquez retrata fielmente os preparativos para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento a ser realizada em junho no Rio de Janeiro. (...)"

Para início de conversa, acho que o autor queria se referir ao "título do livro", já que a obra em si, de 1981, não tem nada a ver com biodiversidade, meio ambiente e outros bichos (além dos humanos). Ainda assim, se o relato é tão fiel quanto ele quer nos fazer crer, por que a pergunta lá no alto?

Encurtando a história de imprecisões, a penúltima frase do artigão diz que "os governos (...) pilotam felizes a espaçonave Terra para um desastre de proporções". E ponto final. O cientista escritor esqueceu de explicar quais: proporções astronômicas, minúsculas, grandes, desconhecidas...? A dimensão (ou extensão, intensidade etc.) de um acontecimento requer que se determine sua grandeza, não?

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