Dia desses, um leitor achou que eu estava sendo muito exigente, que, lendo direitinho, não havia dubiedade, dava pra entender...
Só que o texto jornalístico precisa ser claro e objetivo.
Quem para numa banca e passa o olho numa manchete, por exemplo, deve compreender a mensagem num átimo, não tem que seguir caminho com dúvidas sobre o que leu.
Vejam dois exemplos da Escola Matemática de Imprensa, que ensina: "a ordem dos fatores não altera o produto".
A teoria é inaplicável quando se trata do Português, como se nota no destaque da revista Época, enviado pelo atento amigo.
Do jeito que a frase está, parece que a corrupção (motivo do protesto) existe apenas na Avenida Paulista, não em todo o país.
Opções: "Na Avenida Paulista, manifestantes protestam contra a corrupção"; "Manifestantes lotam a Avenida Paulista em protesto contra a corrupção" (estou tentando usar as mesmas palavras, ou as variações seriam infinitas).
No Globo online, a assídua colaboradora encontrou bobagem semelhante.
Que tal "Há oito anos espero que a justiça seja feita", editores?
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